quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estúdio pirata é fechado

Wilckson Pereira Cavaleiro, 26 anos, foi preso ontem à tarde, no bairro da Terra Firme, e apresentado na Seccional Urbana do Guamá para ser autuado por crime contra direitos autorais e contra as relações de consumo. Ele é acusado de ser o responsável por um estúdio de mídia pirata, onde a polícia encontrou cerca de cinco mil DVDs falsificados e material de informática para confecção desse tipo de produtos. Na seccional, Wilckson não quis comentar a prisão, efetuada por uma guarnição da 24ª Zona de Policiamento (24ª ZPol/Terra Firme). O delegado José Alcântara está à frente das investigações no caso.

O comandante da 24ª ZPol, capitão Samuel Enoc, coordenou a prisão do acusado, por volta das 14h30. Ele e mais o subcomandante Lerry e o soldado Rosiclabson, circulavam na viatura 2160 pela passagem Leão saindo para a passagem 24 de Dezembro, na Terra Firme, quando avistaram um carro Siena peliculado, e desconfiaram do condutor do veículo. "Nós fizemos a abordagem e, ao abrirmos o porta-malas, encontramos seis caixas com mídias virgens, segundo declarou o acusado, que mora na passagem Leão, e nós fomos até lá, onde foram encontrados cerca de cinco mil DVDs pirateados", afirmou o policial.

Na chegada à casa de Wilckson, os policiais constataram que havia duas edificações: uma na frente, de altos e baixos, e uma outra nos fundos, onde o acusado mora. "Mas, ao passar pela primeira casa, eu consegui ver papel picado, e ao ser perguntado do que se tratava, o acusado acabou abrindo o jogo, e nós encontramos no local duas impressoras funcionando e mais duas encostadas, uma CPU e um monitor de computador, além dos DVDs falsificados", afirmou o capitão Enoc. O policial afirmou que Wilckson Cavaleiro confessou ser o responsável pelo estúdio de gravação de mídias pirateadas.

Policial mata invasor



Um policial militar da reserva, na faixa dos 50 anos, reagiu a um assalto à casa dele, onde funciona um comércio de distribuição de refrigerantes e água mineral, no bairro do Guamá, e matou o ladrão a tiros, ontem pela manhã. O caso foi registrado na Seccional Urbana do Guamá, onde o policial deverá apresentar-se nas próximas horas, segundo informação repassada ontem pelo advogado do policial ao delegado Jaime Mercês, de plantão nessa unidade policial.

A diretora da seccional, delegada Ione Coelho, está a par do ocorrido, e acompanha o desenrolar das investigações sobre o homicídio do homem, até ontem não identificado pela polícia. Tão logo se deu a tentativa de roubo, o delegado Jaime Mercês e um efetivo da 11ª Zona de Policiamento (11ª ZPol) estiveram na casa do policial, cujo nome a polícia não quis revelar ontem.

Crime - O delegado Jaime Mercês afirmou que o assalto e baleamento ocorreram na casa do policial militar, na passagem Napoleão Laureano, no Guamá. Uma viatura da 11ª ZPol compareceu ao local para averiguar uma situação. Ao chegar à residência, os policiais militares verificaram o corpo de um homem, de identidade ignorada. O delegado Jaime foi ao local, e informou que o homem foi morto com tiros na altura do rosto. Ele disse que o policial militar será apresentado na seccional em breve, para prestar depoimento sobre o ocorrido. "Nós estamos aguardando o laudo pericial para saber o que de fato ocorreu, quantos tiros foram dados e outros aspectos da situação", afirmou o delegado.

Pelas primeiras informações obtidas pela polícia, trata-se de um assalto, e que a reação da vítima se deu usando um revólver. O delegado Jaime disse que tem depoimentos de uma familiar do policial militar e de um pedreiro contratado para uma obra no local. De acordo com o relato da familiar do policial, ele flagrou o homem levando um videogame nas mãos. Junto ao cadáver do homem a polícia encontrou um terçado.

Carro fica sob carreta na avenida João Paulo II. Motorista sobreviveu.

Um veículo Peugeot, de placas JUL-4735/Belém, foi parar embaixo da carroceria de uma carreta carregada de material de construção na pista da avenida João Paulo II, próximo do contorno para o Complexo do Entroncamento, ontem à tarde. O motorista do veículo menor, com cortes da cabeça, foi levado às pressas para o Pronto-Socorro da 14 de Março, no Umarizal. Até o fechamento desta edição não foi possível saber a identidade do ferido, nem o estado de saúde dele.

Por volta das 15 horas, segundo testemunhas, o condutor do carro de passeio foi fechado por um outro carro, durante uma ultrapassagem, e perdeu a direção do veículo, o que resultou na colisão com a carreta. Por muito pouco, o condutor do carro, que segundo as primeiras informações obtidas no local seria um advogado, não perdeu a vida no acidente.

A cena do Peugeot sob a carroceria do veículo de transporte de carga chamou a atenção de moradores e transeuntes na área. O major Miguel Freitas, da 10ª Zona de Policiamento (10ª ZPol/Ananindeua) estava em ronda pela área, e compareceu ao local do acidente. Ao detectar a gravidade do choque e o estado de saúde do condutor do Peugeot, o policial acionou o Centro Integrado de Operações (Ciop), e, então, foram acionadas ambulâncias do Samu 192 e do Corpo de Bombeiros.

Presa dupla de “Saidinha”



Um casal que tinha acabado de sacar R$ 3 mil em uma agência bancária na avenida Doca de Souza Franco com a Boaventura da Silva foi seguido e roubado por dois homens que estavam em uma moto, em um crime de "saidinha". O assalto terminou em troca de tiros entre os dois assaltantes e policiais militares na rua Gama Abreu, perto da avenida Presidente Vargas. Um dos bandidos foi ferido e o outro foi preso e levado para a Seccional do Comércio. De acordo com a delegada Ocione Guidão, Paulo Sérgio Matos Cardoso, 49 anos, o "Galo Cego", que foi alvejado no abdome e levado para o Hospital do Pronto-Socorro Municipal da 14 de Março, e Sanderson Diogo Guedes de Lima, 20 anos, o "Diogo", serão autuados por roubo qualificado (quando há mais de um assaltante, uso de violência e arma) e porte ilegal de arma.

O casal, um trabalhador autônomo e a esposa, uma costureira, contou na Seccional do Comércio que eles haviam saído de uma agência do banco Itaú, no Reduto, por volta das 14h30, onde tinham ido sacar o dinheiro para comprar material de trabalho dela. "Nós saímos do banco e nos dirigimos para o Comércio, na nossa Parati, e quando estávamos estacionando o carro na frente do Convento dos Mercedários, na Boulevard Castilhos França, no Ver-o-Peso, os assaltantes chegaram", contou a mulher.

De acordo com o trabalhador autônomo, a mulher dele dirigia o carro. Quando ele foi descer do veículo dois homens encostaram no carro com uma moto, um deles armado de um revólver (calibre 38) e ordenaram ao casal que entregasse o dinheiro que tinham sacado na agência bancária.

Segundo a delegada Ocione, "Galo Cego" estava com a arma, que foi apreendida pela polícia com duas balas intactas e uma deflagrada. As vítimas entregaram os R$ 3 mil aos dois assaltantes. Até aquele momento o dinheiro estava guardado no bolso do marido da costureira. "Eles foram embora, mas dois policiais militares passaram pelo local e nós contamos para eles o que tinha ocorrido, dizendo que os assaltantes fugiram em uma moto Bros amarela", afirmou o trabalhador autônomo.

"Galo Cego" e Sanderson seguiram na moto pelo Ver-o-Peso e chegaram até a confluência da rua Gama Abreu com a avenida Presidente Vargas, nas imediações do Instituto de Educação do Pará (IEP). No local, uma guarnição motorizada da 4ª Zona de Policiamento, integrada pelos cabos Santarém e M. Araújo e pelo soldado Alcebíades, avistou os homens em fuga. Foi organizado um cerco policial. Houve troca de tiros entre os assaltantes e os policais e "Galo Cego" foi atingido.

Segundo a delegada Ocione, as vítimas contaram que Sanderson chegou a dizer para "Galo Cego" atirar no casal durante a "saidinha".

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Megaoperação no Barreiro

Edição de 05/05/2010


“Força pela Paz” deteve 40 suspeitos, autuou mais de 20 em flagrante, apreendeu adolescentes e drogas
Quarenta suspeitos de ligação com o tráfico de drogas foram detidos em seis horas da operação "Força pela Paz", realizada ontem pela manhã, na área do Barreiro e adjacências, pelo Grupo de Polícia Metropolitano (GPM) e Ronda Tática Metropolitana (Rotam). Os suspeitos foram conduzidos até a Delegacia do Marco, onde, só até o início da noite de ontem 22 pessoas, inclusive, cinco mulheres, foram autuadas em flagrante por tráfico de entorpecentes e porte ilegal de arma (um revólver calibre 38). Quatro menores de idade foram apreendidos e encaminhados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data).


O número de presos pode ser ainda maior, já que o levantamento sobre os outros suspeitos continuou ao longo da noite. Grande quantidade de pasta base de cocaína, petecas de pasta de cocaína, maconha prensada e material utilizado para fabricação de entorpecente, incluindo duas balanças, sacos plásticos cortados e colheres de medição, foram apreendidos pelos policiais, coordenados pelo comandante da Rotam, major Neil, e pelo coordenador do GPM, delegado Éder Mauro. Dois carros e uma moto também foram apreendidos. "Essa operação, a ‘Força pela Paz’, vai ter continuidade", afirmou Éder Mauro. A operação foi organizada para prevenir e combater ações do tráfico, relacionadas a homicídios, latrocínios e outros crimes, como salientou o major Neil.


O trabalho nas ruas do Barreiro, iniciado às 6 horas, só se encerrou às 12 horas. A chegada dos acusados à Delegacia do Marco, ontem à tarde, atraiu a atenção de vários curiosos na esquina da avenida Almirante Barroso com a travessa Perebebuí, devido ao grande número de suspeitos descendo das viaturas e se deslocando até os fundos da unidade policial, bem como ao transporte do material apreendido. Em seguida, começaram a ser feitos os procedimentos policiais, na presença da policiais civis e militares.

Acusado de matar pastor foi capturado

Entres os presos na operação de ontem está Giovani Barros Queiroz, acusado de ter assassinado o pastor Antônio Carlos Mota, em dezembro do ano passado, na igreja evangélica Assembleia de Deus, na passagem Stélio Maroja. Na ocasião, ele chegou a levar R$ 2.500 da igreja. Além dele, outros criminosos considerados de alta periculosidade foram pegos pela polícia. Entre eles, os acusados de tráfico Mário Elenilson Rodrigues da Silva, 35 anos, José Edmilson Pantoja, o "Branco", 35, e uma mulher de prenome Jaqueline, que foi detida quando estava em um Fiat Punto vermelho, de placas JVN - 1591, na avenida Pedro Álvares Cabral. Ela é acusada de participar do tráfico de cocaína e pedra de oxi no Barreiro.

Com os presos foram encontradas pedras de oxi, cocaína, material de refino de droga, dinheiro, aparelho de televisão e vales para cobrança de pagamento que, segundo o comandante geral da PM, o coronel Augusto Leitão, se transformam nos famosos homicídios por acerto de contas. Alguns eram de apenas R$ 20,00. "Quando algum usuário de drogas não paga o que consumiu, ele assina sua sentença de morte", explicou.

Trabalho nas ruas reuniu 250 policiais e dever ter continuidade

A ocupação também foi realizada por 250 policiais em parte do Telégrafo; no canal da Pirajá, na Sacramenta; além do bairro do Barreiro. A Operação "Força pela Paz" foi iniciada com base em mandados de busca e apreensão, denúncias pelo número telefônico 181 e também por meio de dados estatísticos de violência coletados pela PM e Polícia Civil. Para a realização da operação, foram necessários, pelo menos, 30 dias de investigação.

O foco da operação "Força pela Paz" foi o tráfico de drogas, responsável pelos assaltos a população, segundo o delegado geral de Polícia Civil, Raimundo Benassuly, já que os consumidores de entorpecentes roubam para sustentar o vício, e também pelos latrocínios - roubo seguido de morte. "Desde abril estamos investigando as mortes por execução em toda a Região Metropolitana de Belém. E pretendemos continuar com a operação", afirmou.

De acordo com o secretário de segurança pública do Pará, Geraldo José de Araújo, o Barreiro foi escolhido por sem um bairro já conhecido da população pelo grande índice de violência. "Com o combate frequente ao tráfico de drogas, pretendemos melhorar a qualidade de vida dos que vivem em Belém. Não abrimos mão de deter os que praticam a violência. Em especial, na rua do Fio e no canal do Barreiro", ressaltou.


TEXTO: TAINA AIRES

EDUARDO E GLEYDSON SOUZA


FOTO: ARY SOUZA E HENRIQUE FELICIO