Alegria, diversão e liberdade para se manifestar com beijos na boca. Se não fossem as brigas de gangues que continuaram até depois da manifestação e os assaltos ocorridos durante a caminhada, essas teriam sido as principais marcas da 8ª Parada do Orgulho LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de Belém que aconteceu na tarde de ontem.
Se essa violência tirou um pouco do brilho da festa política do movimento que este ano tem como tema 'Um outro mundo só é possível sem machismo, racismo e homofobia', não tirou o objetivo dos que lutam pela diversidade sexual e pela garantia de todos os direitos, para que as diferenças sejam respeitadas em sua plenitude pela sociedade e, fundamentalmente, pelo poder público. O movimento denunciou que, em 2008, 190 homossexuais foram mortos no Brasil por causa de preconceito. O movimento quer a aprovação urgente do projeto de lei que criminaliza a homofobia. O projeto já tramitou pela Câmara dos Deputados e agora está no Senado, onde enfrenta muita resistência de setores mais conservadores.
A caminhada da 8ª Parada LGBTT durou cerca de duas horas e meia e saiu da avenida Presidente Vargas com o Boulevard Castilhos França, em frente à Estação das Docas, deu a volta na Praça da República e retornou à Praça Waldemar Henrique, onde foi encerrada com uma grande festa em todos os ritmos. Apesar de não haver estatísticas oficiais, os organizadores anunciaram que mais de 500 mil pessoas participaram da manifestação.
A caminhada da 8ª Parada LGBTT durou cerca de duas horas e meia e saiu da avenida Presidente Vargas com o Boulevard Castilhos França, em frente à Estação das Docas, deu a volta na Praça da República e retornou à Praça Waldemar Henrique, onde foi encerrada com uma grande festa em todos os ritmos. Apesar de não haver estatísticas oficiais, os organizadores anunciaram que mais de 500 mil pessoas participaram da manifestação.
Em todos os discursos, representantes de vários grupos que integram o movimento LGBTT em Belém, ressaltaram que, além da violência física, o preconceito cria muita discriminação social, profissional e até familiar contra eles. Eles também reclamaram que, apesar de alguns avanços nas políticas estaduais, o município de Belém tem caminhado para trás e prestado pouco apoio ao movimento. 'Não queremos e não precisamos mais fazer parte de estatísticas, principalmente as negativas. É preciso combater todo tipo de preconceito para que a gente tenha dignidade, dignidade nas relações, nos serviços de saúde, na escola, precisamos combater a homofobia e o racismo, mudar as idéias e o pensamento da sociedade para darmos dignidade aos nosso filhos', declararam.
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